Todas as vezes que vou ao Vale do Cuiabá em Itaipava, visito uma velha amiga , que muito admiro.
Trata-se de uma linda Figueira Centenária, que a cada ano se mostra mais exuberante e que talves 8 homens não consigam abraçar seu tronco. Suas raizes á guiza de manta se lançam ao redor do tronco.
As figueiras são plantas, geralmente árvores, do genêro Ficus, familia Moraceae. Também são conhecidas como fícus, gameleira (ou gomeleira) e caxinguba, palavra de origem tupi-guarani. Há mais de 1000 espécies de figueiras no mundo, especialmente em regiões de clima tropical e subtropical e onde haja presença de água. O gênero Ficus é um dos maiores do Reino Vegetal.
As figueiras podem crescer de forma enérgica e por isso não é indicado que se cultivem figueiras de grande porte perto de casas, pois o crescimento de suas raízes têm a capacidade de deformar as paredes das residências.
Entre as principais espécies, merecem destaque:
F. elástica, árvore da Borracha ou falsa Seringueira, é uma das árvores tropicais mais cultivadas do mundo. Nativa da Ìndia, é uma árvore de porte imponente, cujo caule e raízes, e tamanho das folhas, pode se apresentar de maneiras diferentes, de acordo com a variedade e as condições de cultivo. Normalmente produzem muitas raízes adventícias que, ao alcançar o solo, engrossam-se como verdadeiros troncos auxiliares. Alguns usam seu Látex como bronzeador. Na verdade este látex é extremamente tóxico, e exposto ao sol, ele destrói a pele (o efeito de "bronzeamento", na verdade, é conseqüência da morte do tecido). Exposição prolongada ainda pode causar problemas sérios. Ela não deve ser cultivada em passeios ou jardins confinados, devido ao seu porte.
F. benjamina, fícus, ou figueira-benjamim originária da Índia, é cultivada por sua folhagem brilhante e delicada. É comum vê-la em vasos, com porte baixo e copa podada, mas é uma planta que pode ultrapassar os 20 metros de altura, e suas raízes podem destruir muros e pavimentos com facilidade. No Brasil é cultivada na Praia de Botafogo, no Rio de Janeiro.
F. microcarpa, ou laurel-da-índia, é outra espécie indiana introduzida no Brasil como ornamental. Ao contrário das outras figueiras exóticas ela consegue se reproduzir no Brasil, a partir da décadas de 1970 e 1980. O curioso é que as vespas nativas brasileiras se adaptaram, ou vespas asiáticas, vindas da Àsia a partir do Havaí e do território continental dos Estados Unidos, conseguiram se reproduzir no Brasil e efetuar a polinização de suas flores. Atualmente, a figueira se reproduz espontaneamente e é propagada por pássaros. Suas sementes germinam em rachaduras de construções, pontes, tetos, muros e calçadas. Esta espécie cresce tanto quanto a figueira-benjamim, e por isso deve ser cultivada em áreas amplas de parques. Na Praça da República, no Rio de Janeiro, crescem inúmeras figueiras centenárias desta espécie.